segunda-feira, 25 de julho de 2011

Jeitinho argentino

Análise de ALLAN SIMON

Os cartolas do futebol argentino acabam de deixar os colegas brasileiros no chinelo. Sim, nossos casos "Ives Mendes", "Sandro Hiroshi", Copas "João Havelange" e "União", Fluminense subindo da terceira para a primeira, ficaram para trás. 

A AFA (Associação de Futebol Argentina) decidiu "reformular" o futebol argentino a partir da temporada 2012-2013. Quem disputar a segunda divisão na próxima edição, caso do River Plate, o fará apenas para não cair. Exatamente, os últimos serão rebaixados para a terceira divisão. Os demais serão parte de uma fusão das Séries A e B.

A Argentina utilizava um sistema para definir o rebaixamento que se baseava na média de pontos dos últimos três anos. Claro, para evitar que os grandes clubes caíssem por uma temporada ruim. Com a queda do River, este sistema se mostrou ineficiente pela primeira vez. Foi preciso criar uma válvula de escape.

Como seria muito feio (?) resgatar o River já nesta temporada, a AFA criou a virada de mesa à longo prazo. Ou até mesmo com aviso prévio. O River precisaria fazer uma campanha de vencedor para retornar à elite. Agora basta não cair para a terceira. 

Nem o resgate do Grêmio, em 1993, pode ser considerado tão ridículo. Afinal, a CBF mudou o número de times que conseguiriam o acesso depois de saber a classificação dos gaúchos na Série B. O caso da Argentina é pior. Garante a sacanagem antes mesmo que ela seja necessária.
Talvez por essas e outras este país sofra com uma queda tão vertiginosa de seu futebol e, consequentemente, de sua seleção. Afinal, o próximo campeonato oficial que a Argentina vai disputar é a Copa do Mundo de 2014, se conseguir a vaga. Portanto, está garantido que o jejum de títulos deles vai chegar a 21 anos.

Que coisa, não?

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