Análise de ELDER MONTEIRO
Diz o velho
ditado que a profissão do goleiro é tão ingrata que, por causa dele, não nasce grama na pequena
área. Que todos os jogadores falham
ninguém tem dúvida. Mas se o goleiro falhar, a possibilidade de sua equipe
tomar um gol é enorme.
Por isso, a
relação das torcidas com esses jogadores se caracteriza pelo extremo. Ou é
idolatrado pela torcida, como os já aposentados Marcos e Taffarel, e o
goleiro-artilheiro Rogério Ceni, ou são constantemente questionados por suas
falhas, como Júlio César, do Corinthians e Deola, do Palmeiras.
Alvos
de constantes críticas dos torcedores, os dois foram os principais personagens das
eliminações de Corinthians e Palmeiras no Campeonato Paulista, no último domingo (22). O
corintiano falhou em dois gols na derrota diante da Ponte Preta. Com o mesmo
número de erros, Deola contribuiu para o resultado negativo contra o Guarani.
Do outro lado da
moeda, diz um ditado que uma boa equipe começa por um bom goleiro. E quando
este jogador se destaca, ele é unanime. Por inúmeras vezes, o ditado falhou. Um
grande exemplo desta escola de goleiros é o Palmeiras. Mesmo passando por fases
catastróficas, a equipe sempre esteve bem representado na pequena área. Não é a toa, que Oberdan Catani, Valdir Joaquim de Moraes, Leão, Zetti e Velloso,
são alguns deles que marcaram história do futebol mundial.
Outros ficaram
marcados negativamente na história. Um exemplo disso foi o goleiro da seleção
brasileira em 1950, na final da Copa do Mundo. Na ocasião, o Brasil foi
derrotado de virada pelo Uruguai por 2 a 1, na falha do goleiro Manga no
segundo gol da seleção adversária.
Muitas vezes
questionados por algumas falhas, as torcidas acabam colocando em
cheque a carreira desses jogadores. Mas quando o trabalho é bem feito, cada
defesa vale uma comemoração, e cada pênalti defendido serve para que ao menos,
naquele instante, ele caia nas graças da torcida.