ALLAN SIMON
A delegação brasileira que vai disputar os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, entre os dias 14 e 30 de outubro, terá uma importante missão: ficar à frente de Cuba no quadro geral de medalhas pela primeira vez desde a edição de 1967, disputada em Winnipeg, no Canadá.
O Brasil vem de uma bela campanha no último Pan, disputado no Rio de Janeiro. O apoio e incentivo dos torcedores ajudaram o país a conquistar o terceiro lugar no quadro de medalhas, batendo o Canadá, mas não suficiente para superar os cubanos. Os brasileiros faturaram 52 medalhas de ouro nos Jogos do Rio, enquanto Cuba levou 59.
Desde os Jogos de 1967, quando o Brasil ficou com a terceira colocação, com 11 medalhas de ouro - Cuba foi a sexta colocada, com 7 -, o país ficou atrás dos cubanos em todas as edições. A diferença se acentuou na edição de 1971, em Cali, na Colômbia, quando Cuba levou 31 medalhas douradas contra apenas 9 dos brasileiros.
O domínio cubano refletia a posição dos dois países também em nível internacional. No mesmo período, Cuba se consolidou como uma das potências olímpicas, figurando sempre no topo do quadro de medalha junto a países como Estados Unidos, China e, mais antigamente, a União Soviética.
Quando Cuba sediou os Jogos Pan-Americanos de 1991, em Havana, o país aproveitou ainda mais o apoio e a força de competir em casa para ficar na liderança do quadro geral, com nada menos do que 140 medalhas de ouro, dez a mais que os vice-líderes Estados Unidos. O Brasil levou 21 medalhas douradas na ocasião.
Para quebrar essa escrita, o Brasil conta com grandes nomes do esporte no Pan de Guadalajara, como o já consagrado nadador César Cielo, as meninas do vôlei comandadas por José Roberto Guimarães, as saltadoras Maurren Maggi e Fabiana Murer, entre outros.